segunda-feira, 6 de abril de 2020

6 de Abril - Segunda Feira Santa

Is 42, 1-7 ; Jo 12, 1-11

A frase que mais marcada ficou, dada a leitura de Isaías que profetiza a vinda e a salvação de Cristo e o Evangelho que trata da unção que Maria irmã de Marta faz em Jesus, foi a frase de Cristo: "pobres sempre tereis entre vós, mas eu nem sempre estarei entre vós". Ora, é exatamente esse o caso agora. De um modo impensável, de um modo que pareceria inacreditável a meses atrás, foram abolidas todas as missas públicas. Não participamos mais do Santo Sacrifício da Missa, não mais temos acesso aos sacramentos, não podemos mais ouvir a Palavra proferida pela boca e explicada pessoalmente por um sacerdote, não podemos, enfim, receber o Santíssimo Sacramento. "Nem sempre estarei entre vós". Quando Ele estava, que valor demos a Ele? Não adianta remoer isso, pois nossa vida espiritual não pode estar presa no passado. Deve apontar, pois, para um futuro, um futuro no qual seremos mais fiéis a Cristo. Que possamos então aproveitar esse tempo de penitência, esse tempo de mortificação, esse tempo de aparente abandono, para tirar o que de bom se possa tirar. Aproveitemos esse tempo para viver de modo mais efetivo a realidade da Igreja doméstica, vivendo em família a esperança que depositamos em Cristo Jesus. Que possamos ordenar melhor nossa vida, em geral tão atribulada não só pelos nossos compromissos, que de algum modo se mantém, mas também por muitas obrigações auto-impostas que agora percebemos que são palha, que são supérfluas, que não são nada.  Dado isso, aproveitemos esse período de maior recolhimento para bem ordenar tudo em nossa vida, de modo que a ordem dela e o tempo que passamos fazendo cada coisa seja um espelho do que é e do que não é importante para nós. Que aproveitemos esse tempo, enfim, para nos encher de saudade, de expectativa pela volta da celebração pública dos sacramentos. Que, quando Cristo novamente se fizer presente fisicamente entre nós, nos possamos nos encontrar preparados. Agora, temos os pobres aos nosso lado, temos aqueles que precisam de nós, temos os nossos familiares, temos aqueles que estão afetados pela crise, temos aquelas pessoas que precisam de nossas orações. Que voltando Cristo, saibamos retamente adora-Lo derramando em Seus pés e em Sua cabeça todo o nosso perfume, tudo o que temos de valor. Que tudo possamos colocar nas mãos do Senhor, que Ele seja o norte de nossa vida, que possamos tirar um bem desse mal, com a Graça de Cristo Jesus que tudo dispõe para o bem daqueles que O amam. Que O amemos!
MARIA UNGE JESUS - YouTube

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