quinta-feira, 2 de abril de 2020

Quinta Feira - 5a semana da quaresma

Quinta Feira - 5a semana da quaresma
(Gn 17,3-9) , (Sl 104,4-9) ,  (Jo 8,51-59)


A primeira leitura fala da promessa feita a Abraão, ainda Abrão, que Deus a ele fez, de conceder-lhe uma descendência mais numerosa que as estrelas do céu. Essa descendência foi num primeiro momento o povo de Israel, o único dotado da revelação do Deus único, o único povo ao qual foi revelado, até então, a Lei Natural por meio dos dez mandamentos. Nesses últimos dias, após a vinda de Cristo, descendente de Abraão pela carne, Deus filho pela divindade, podemos nos tornar "membros" de Cristo, filhos de Deus "adotivos" participando da filiação eterna dO Filho, mas sendo também por meio deste mesmo Filho, descendentes de Abraão. Os cristãos, aqueles batizados que estão unidos na fé, esses são a "descendência de Abraão" nos dias de hoje. A promessa de que a Terra de Canaã pertenceria à descendência de Abraão não a dá ao povo judeu, que não aceitou a Cristo e por isso renegou essa mesma descendência a Abraão e, mais importante, renegou a filiação divina. A promessa se refere aos cristãos! Somos nós os herdeiros de Jerusalém. Ora, mas nossa esperança não está aqui, não está na terra, ainda que seja santa. Devemos aspirar sempre a verdadeira Jerusalém, a Jerusalém celeste, o céu, o prêmio prometido a todos aqueles que, tendo fé, viveram a caridade, o amor sobrenatural, o amor do próprio Cristo. Quando amamos com amor verdadeiro, com amor gratuito, amamos com o amor de Cristo. Quando é que amamos assim? Quando é que nós conseguimos colocar tudo diante do Senhor? Quando é que confiamos em sua Providência, sabendo que até mesmo os males que ele permite são para nossa santificação e para a maior glória de Seu nome? Somos tíbios, e muitas vezes vivemos como birutas, apontando para a direção dos ventos, e não como pessoas que sabem o que importa e que confiam tudo a Deus, buscando viver conforme a Sua vontade.
 Que saibamos, como Abraão, confiar em Deus em tudo. Que não sejamos como os fariseus, que, diante do filho de Deus, O odiaram. Que aquilo que Deus permite não seja visto por nós com ódio, mas com resignação e com sincera vontade de se retirar, cooperando com Cristo, um bem maior de situações ruins que Deus permite que ocorram. Ajuda-nos, Senhor, a nos colocar, como crianças, diante de Sua vontade, confiando que Sua promessa não falha, assim como sabia Abraão, o pai da fé.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

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